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Billings, eu te quero viva!
A campanha “Billings, eu te quero Viva!” foi criada em 1993 para fazer frente à degradação do reservatório e de seus mananciais. Participaram do lançamento da iniciativa 120 organizações-não-governamentais do Brasil, entre elas instituições como a OAB – Ordem dos Advogados do Brasil, SBPC – Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e ABI – Associação Brasileira de Imprensa.

Ao longo de mais de uma década, a campanha Billings defendeu de forma intransigente os mananciais metropolitanos enquanto campanha da sociedade civil. A partir de 2003, a campanha foi incorporada como um dos programas permanentes do PROAM – Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental . Também produziu o Dossiê Billings, apresentado em Washington, USA, em 1994.

Anualmente, o PROAM elabora e divulga, há mais de dez anos, o Relatório de Impactos Ambientais da Represa Billings, com base no Dossiê Billings, pela Campanha “Billings, Eu te quero Viva!”. O documento tem objetivo de difundir informações sobre degradação ambiental causada pela poluição e falta de preservação da água, além de apontar soluções, programas e políticas públicas para evitar os impactos causados ao meio ambiente.

Em 2006, o relatório –elaborado por meio de vistoria nos Braços dos Rios Grande e Pequeno da represa Billings– apontou que, aos 81 anos, a represa encolheu cerca de 20 Km² e, se não houver providências, em um curto prazo não haverá mais condições do reservatório Billings sustentar o abastecimento do ABC paulista com 5m² por segundo e manter um reforço para o Sistema Guarapiranga em até 4m² por segundo, para abastecer 5 miihões de pessoas na zona sul de São Paulo.

O relatório constatou especulação imobiliária, degradação de encostas e assoreamento feitos por trilhas de jipeiros e motociclistas, disposição de lixo em nascente de água que desemboca no Rio das Pedras, invasões clandestinas e construções irregulares –como um gigantesco tobogan de aproximadamente dez metros construído dentro da represa, e áreas do corpo da represa cercadas por troncos e arames farpados; além de inúmeros restos de rituais religiosos que provocam incêndios na mata.

Entre as conclusões da vistoria, constatou-se que os braços do Rio Pequeno estão muito abaixo da quota máxima, mesmo no final do período de chuvas. Além disso, os campos naturais do alto da Serra do Mar continuam a ser degradados, apesar de sua importância estratégica como ecossistema de produção de água, funcionando como uma esponja ao reter a água das chuvas provenientes da evaporação do Oceano Atlântico, cuja condensação ocorre na passagem pela Serra do Mar, impulsionada pelo vento sudoeste. A retirada de húmus do local para comercialização é um processo constante que fragiliza o ecossistema.