

Assista no YouTube: Carlos Bocuhy explica os prejuízos ambientais com a extração de petróleo na foz do rio Amazonas
Segundo Carlos Bocuhy, os prejuízos ambientais da exploração de petróleo na Foz do Amazonas são extremamente elevados. A extração pode chegar à 30 bilhões de barris de petróleo na região. Uma vez consumido, cada barril se transforma em 420 a 440 kg de carbono. Com isso, o Brasil será responsável pela extração que gerará nada menos do que 13 bilhões de toneladas de carbono da atmosfera. Segundo o cálculo do impactos econômicos do aquecimento global, defendido por economistas da Universidade de Stanford, o prejuízo econômico planetário com essa extração seria de aproximadamente US$ 15 trilhões. O prejuízo recairá sobre a sociedade humana, especialmente aos mais vulneráveis, por meio de furacões, tempestades, secas, insegurança hídrica e alimentar, além de outros infortúnios causados pelo desequilíbrio climático, sem falar de aspectos ecossistêmicos e humanitários. Sem ciência, sem conhecimento e sem informação devida à sociedade e à humanidade, e sem contas adequadas, de imediato o Brasil enfrentará vexame inevitável, como país anfitrião da COP30, que se inicia em 10 de novembro em Belém do Pará. Não terá lastro como liderança ecológica para pedir comprometimento climático aos demais países depois dessa decisão desastrosa. Também há os riscos imediatos envolvidos. O local de extração representa péssima alternativa locacional. A área de exploração está envolta por ecossistemas frágeis que não apresentam possibilidades de mitigação em caso de vazamentos.

